quarta-feira, dezembro 14, 2011


UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
DEPARTAMENTO DE SERVIÇO SOCIAL DE CAMPOS











OS DESCAMINHOS DA LEGALIDADE: UMA ANÁLISE DO TRABALHO INFORMAL NO COMÉRCIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES







LUANE RUBIM MACHADO


























CAMPOS DOS GOYTACAZES-2007
I- IDENTIFICAÇÃO

Endereço: Avenida Pelinca, Edifício Lagoa Dourada, bloco 7, apto 1301
Telefone: (22)99025957/ (22) 38613400

II- OBJETO

Economia informal no comércio do centro de Campos dos Goytacazes no período de 1998- 2007.

III- OBJETIVOS

Objetivo geral

Analisar as questões instrínsecas  à configuração  e regulação da economia informal no mercado de trabalho, tendo como objeto o comércio informal no município de Campos dos Goyatacazes.

Objetivos específicos

  • Apresentar  diferentes abordagens conceituais acerca da problemática da informalidade;
  • Categorizar a origem da economia informal em diferentes momentos;
  • Abordar a história e precedentes do camelódromo de Campos dos Goyatacazes;
  • Conhecer o perfil dos trabalhadores deste mercado;
  • Conhecer as estratégias utilizadas;
  • Analisar as relações estabelecidas entre os “camelôs” e o município;
  • Investigar o tipo de regulação e políticas voltadas para esta categoria;
  • Destacar a importância da pesquisa para o serviço social;


IV- QUADRO TEÓRICO

A economia informal é um conceito com diferentes definições e até mesmo imprecisões. De um modo geral, é tomada como algo “não legal”, que não está devidamente registrada como atividade econômica, criando portanto empregos “informais”. No entanto há casos em que a economia “formal” abre postos de trabalho “informais”, como acontece com algumas empresas registradas, em que parte de seus trabalhadores não possuem carteira assinada.
Conforme MAMANI (2004), a informalidade é um fenômeno que facilita a inserção da classe popular no mercado de trabalho. No entanto não deve considerada como sendo simples resultado do desemprego e da pobreza, mas sim um fenômeno mais complexo, que surge a partir das transformações ocorridas no mercado de trabalho.
A proliferação da economia informal se constitui num efeito da modernização técnica e econômica, com efeitos sócio-espaciais diferenciados, tal como pode ser observado no centro de Campos dos Goytacazes, onde o comércio vem se expandindo numa dicotomia entre geração de renda e ilegalidade.
            Durante as décadas de 60 e 70 os diversos estudos acerca do “setor informal”, voltavam-se para um conjunto de atividades tradicionais e populares , resultante do grande êxodo rural, a partir do qual, imigrantes seguiam em direção aos centros urbanos em busca de melhores condições de vida e ao se deparar com as deficiências na geração de empregos e sua falta de qualificação para o mercado de trabalho urbano, acabavam se constituindo num aglomerado marginalizado, habitantes das favelas, que se utilizavam do setor informal, como uma alternativa de sobrevivência., já que não possuía grandes exigências ou restrições para os trabalhadores envolvidos.Assim, o trabalho informal era visto como efeito do atraso econômico ou subdesenvolvimento, devendo ser combatido pelas políticas públicas.
Uma forma de abordar a questão da informalidade  é mediante o conceito de economia popular. Segundo Icaza & Tirba:
..tendo os trabalhadores a posse e/ou a propriedade individual ou associativa dos meios de produção, ao invés do emprego da força de trabalho “alheio", o princípio é a utilização da própria força de trabalho para garantir não apenas a subsistência imediata como também para produzir um excedente que possa ser trocado, no mercado da pequena produção mercantil, por outros valores de uso. Não se caracterizando pelo investimento de capital, mas pelo investimento em força de trabalho, o trabalho se constitui no principal fator de produção, constituindo-se como a gênese e, ao mesmo tempo, resultado do conjunto dos demais fatores do processo de produção de bens e serviços.  (Icaza e Tiriba, 2003: 104).

Partindo do pressuposto de que a sociedade, de certo modo, considera que economia popular é referente ao “pobre”. Analisando por este viés, pode-se entender a “informalidade” como sendo um fenômeno que facilita a inserção destes, na economia. Trata-se então de uma estratégia de trabalho e até mesmo de sobrevivência, tal como era visto nas teorias da década de 60 e 70.
De acordo com Mamani ( 2004) em 1972, o conceito de setor informal, foi enunciado  pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), refletindo  a preocupação, por parte de economistas dos órgãos internacionais, com os limites da modernização e do desenvolvimento nos países do terceiro mundo, em cujos mercados de trabalho conviviam tanto atividades modernas como tradicionais, constituindo-se estas últimas, em obstáculo à modernização. A solução envolveria a superação da pobreza e a eliminação de entraves ao desenvolvimento econômico, pela supressão de setores e práticas econômicas não modernas. O conteúdo do conceito é anterior a sua formulação, sustenta-se numa concepção dualista da economia nos países periféricos.
Mamani (2004) afirma ainda que o conceito de setor ou economia informal apresenta, dificuldades empíricas e teóricas, pela imprecisão dos fenômenos que define e por estar marcado por uma história de críticas e mudanças de significado. Seu uso, corrente, continua sem definir, com clareza a relação da economia informal com  a estrutura social,  modernização e com a urbanização.
A partir da década de 80, o tema veio sendo discutido numa análise que ultraspassa a esfera puramente econômica. Parte-se da análise de todo o contexto que envolve a reestruturação produtiva, globalização e neoliberalismo. Muitos estiveram sendo desempregados pela indústria, porém, não se formava mais o exército industrial de reserva, visto que não seriam absorvidos novamente. Seu trabalho seria substituído pelas diversas inovações teconológicas que estariam otimizando a produção. Neste sentido, o setor economia ou trabalho “informal”, passa a ser tratado como fator de desenvolvimento, gerador de trabalho e renda, diante da flexibilização e liberalização da legislação trabalhista. A informalidade é vista como conseqüência da regulação/desregulação estatal.
No entanto, ao se analisar a configuração dos mercados de trabalho deve-se analisar a regulação social que se dá a partir da operação de projetos táticas e estratégias dos sujeitos sociais ( camelôs) envolvidos.
Conforme (Lefebvre, 1999) pode-se perceber que,o modelo neoliberal tem levado à uma certa precarização da vida. Assim, algumas pessoas são obrigadas a se voltar para antigas e novas formas de trabalho. Diante da crise estrutural do emprego, alguns têm buscado a associatividade, organizando cooperativas e grupos de produção, já outros têm se apresentado individualmente no mercado de trabalho, fazem do espaço da rua o seu local de trabalho, como é o caso de muitos trabalhadores da cidade de Campos dos Goytacazes.
Pode-se referir ainda à problemática de trabalho informal na teoria dos circuitos de Milton Santos. Circuito, seria:
....uma denominação da economia que se forma a partir da segmentação e diferenciação sócio-econômica metropolitana regional, contribuindo com uma rede de cooperação, de extensão e localização variáveis. Deste modo estaria abrangendo várias áreas, como a produção, o financiamento, a distribuição e a comercialização e relacionando tanto os consumidores, de acordo com seu poder de compra e tipos de necessidades, quanto os trabalhadores, sua renda e qualificação, envolvendo ainda as empresas e os empresários, segundo o tamanho, as características técnicas e organizacionais, os modos de financiar-se e as características das relações de trabalho e produção, conforme se aproximem ou se distanciem das relações monopolistas. (Mamani, 2006)

 Cada circuito é definido tanto pelo “conjunto das atividades realizadas” e pelo “setor da população” que se liga a ele, essencialmente pela atividade e pelo consumo” (Santos, 1979). Podem ser tipificados dois circuitos, “superior” e “inferior”.  O importante aqui   é que a metrópole e região unificam e articulam processos econômicos diversos e formalmente contraditórios, favorecidos e potencializados pela extensão, diferenciação e a segmentação. A modernização, em metrópoles e regiões extensas e diversificadas, multiplica-se em efeitos locais diferenciados e distantes dos seus primeiros propósitos. Quer dizer que a cada modernização surgem “novas formas de atraso” Santos (1990) de um processo de “involução metropolitana”ou megalopolitana..
No universo desta teoria, o termo “circuito” seria uma denominação da economia que se forma a partir da segmentação e diferenciação sócio-econômica metropolitana regional, contribuindo com uma rede de cooperação, de extensão e localização variáveis. Deste modo estaria abrangendo várias áreas, como a produção, o financiamento, a distribuição e a comercialização e relacionando tanto os consumidores, de acordo com seu poder de compra e tipos de necessidades, quanto os trabalhadores, sua renda e qualificação, envolvendo ainda as empresas e os empresários, segundo o tamanho, as características técnicas e organizacionais, os modos de financiar-se e as características das relações de trabalho e produção, conforme se aproximem ou se distanciem das relações monopolistas.
Portanto, cada circuito é definido tanto pelo “conjunto das atividades realizadas” e pelo “setor da população que se liga a ele,essencialmente pela atividade e pelo consumo”
Resumindo pode-se afirmar que a reestrutração produtiva corresponde, também a uma reestrutração sócio-espacial, a uma nova divisão regional do trabalho, na qual a política, ou melhor, as diversas instâncias estatais, concorrem na promoção dos lugares e constituição de condições propícias para promover sua rentabilidade.
Resumindo pode-se afirmar que a reestrutração produtiva corresponde, também a uma reestrutração sócio-espacial, a uma nova divisão regional do trabalho, na qual a política, ou melhor, as diversas instâncias estatais, concorrem na promoção dos lugares e constituição de condições propícias para promover sua rentabilidade. O autor usa o  termo ‘políticas públicas’ para destacar as ações governamentais que visam à promoção da rentabilidade regional e a atração de investimentos, considerando que contribuem para a estruturação dos mercados regionais de trabalho. Por outro lado essas políticas estatais e econômicas promovem um reordenamento das práticas sócio espaciais, segundo uma nova hierarquia, no caso, novos circuitos.
 A competitividade impõe-se também à geografia, ocasionando uma guerra de lugares, através da promoção e da super produção de oportunidades econômicas.
Sendo assim, torna-se relevante indagar qual seria a relação do comércio com  todo esse processo, para assim identificar a maneira como as políticas públicas podem estar intervindo.
De acordo com os  relatórios do Programa regional de emprego na América Latina e Caribe (PREALC) da OIT cerca 30.8% do emprego não agrícola no território latino-americano é composto por trabalhadores informais e para cada 100 novas ocupações criadas entre 1986 e 1996, cerca de 80% eram informais. No caso brasileiro a PREALC informa que em 1980 o percentual de trabalhadores informais atingia 24% das populações economicamente ativa (PEA), saltando para 29% em 1990. Na pesquisa Economia informal urbana ( ECINF), realizada pelo IBGE em 1997, identificou-se que 25 % dos trabalhadores das cidades brasileiras estavam vinculados ao chamado “setor informal”. Neste sentido, torna-se necessário investigar a questão do trabalho informal em todo o Norte Fluminense, especialmente em Campos dos Goyatacazes, afim de se identificar a importância que este setor vem adquirindo na economia regional.
Para Tavares (....) o desmantelamento das estruturas do Estado social, que vem ocorrendo através das políticas de privatização, desregulamentação e liberalização, vem tornando imprescindível a redivisão social do trabalho, a reestruturação produtiva e o neoliberalismo.A autora traz a seguinte indagação: “A expansão do setor informal é uma ação complementar às políticas de assistência ou uma estratégia da organização da produção capitalista?
Tal questionamento nos permite associar o objeto de estudo ao serviço social, que é uma profissão que trabalha diretamente com as políticas de assistência.Considerando ainda a importância da pesquisa para a profissão, focando determinado campo de ação.

A pesquisa, que necessariamente gera a produção do conhecimento, tornou-se pré-requisito essencial para o assistente social. Por meio da investigação científica, que na verdade é a sistematização de uma determinada realidade social, o profissional consegue apreender as instrincadas conexões do real e, assim, pode construir um caminho mais seguro para aproximar-se de respostas concretas, tão almejadas nas suas intervenções.  (LARA, 2007, s.p)

Para Lara (2007) o serviço social contemporâneo se volta para um importante contribuição na produção de conhecimentos em diversas áreas e subáreas das ciências sociais. Considera ainda que a partir da década de 80 veio tendo sua própria produção teórica, o que veio possibilitar uma ênfase na pesquisa acadêmica.
A relação entre economia informal e políticas assistenciais, estabelecida por Tavares (..),abre espaço para uma reflexão acerca da relação do objeto de estudo tratado e a profissão do serviço social, bem como reconhecer a importância da pesquisa no trabalho do assistente social seja quel for o seu campo de atuação. É o conhecimento da realidade que o cerca que estará possibilitado a fazer uma análise de suas ações e das demandas apresentadas por seus usuários.






�09r � �G contexto.
Sendo assim, cabe-nos indagar até que ponto a relação entre estes dois países poderá ser afetada pelas decisões tomadas recentemente, no que se refere ao abastecimento de gás natural e as possíveis implicações que poderão ter em relação á projeção do Brasil como líder  na construção e condução do bloco sul-americano com influência sobre toda a América Latina.

Palavras-chave: América Latina – Petrobrás – Bolívia – Integração regional




           
            Através da pesquisa que vinha sendo feita, foi montada uma apostila contendo as principais informações que são necessárias à pesquisa, por meio de sites do governo,ANP , British Petroleum e outros, que analisando  o petróleo desde sua formação geológica, englobando temas como níveis de produção, consumo, possibilidades de esgotamento, conflitos, crises, choques, Petrobras e sua ação internacional e a questão boliviana.
            No dia 05 de setembro de 2006 foi realizado um seminário preliminar, com o objetivo de apresentar as informações iniciais que já haviam sido coletadas para o orientador e a coordenadora do curso de Licenciatura em geografia,visando avaliar não só a o conteúdo apresentado, como também a apresentação oral em si.
            Posteriormente, foi feito um banner apresentando os dados preliminares da pesquisa.
            Na III Semana de Geografia e II Semana de História do Cefet Campos, foi apresentada um palestra que se finalizaou com um debate .
            Em outubro estivemos participando do encontro que aconteceu na UCAM, intitulado: A Geopolítica da Indústria do Petróleo, onde novamente, tivemos a oportunidade de estar coletando informações para a pesquisa, podendo ainda fazer contado com um economista da Petrobras que havia desenvolvido nos EUA uma pesquisa sobre a Geopolítica do Petróleo, que se dispôs a contribui com esta pesquisa.No mesmo mês, estive na palestra que tratava das grandes corporações realizada pela mesma instituição.
            Na Semana do Saber x Fazer do CEFET- Portas abertas o projeto pode estar sendo apresentado sob forma de banner e  apresentação oral para alunos e funcionários do Cefet, assim como para a comunidade de um modo geral.
            Em novembro a pesquisa esteve voltada para uma atualização da pesquisa e confecção de um resumo que foi enviado para a 5° Bienal da UNE  e foi aprovado para apresentação durante o evento, que ocorrerá entre os dias 27 de janeiro e 1° de fevereiro.
A partir do final de novembro tem se voltado para a confecção de um artigo, descrevendo os resultados e conclusões obtidos até o presente momento, que será enviando em anexo ao relatório.

RESULTADOS:

            Com o decorrer da pesquisa, pôde-se entender que a geopolítica se dispõe a analisar o Estado sob a ótica geográfica, com ênfase nas relações de poder no espaço mundial. Em relação ao petróleo, percebe-se que o Oriente Médio concentra as atenções, por possuir as maiores reservas. A partir da Segunda Guerra Mundial, a “Área Central” referente às estratégias de dominação, passa a ser o Iraque, detentor de grandes campos petrolíferos. Os Estados Unidos, por sua vez, são os maiores consumidores.
            As crises do petróleo podem ser divididas em dois tipos: as ocorridas entre os Estados Nacionais do Mundo Árabe, as empresas multinacionais européias e americanas e aquelas envolvendo países produtores e consumidores de petróleo.
            Sobre a questão boliviana, foi possível identificar que a instalação da Petrobrás no País visa uma integração do mercado de Gás e Petróleo entre os países do cone Sul. Sobretudo a partir da construção da Gasbol Gasoduto (Brasil-Bolívia), que é responsável pelo abastecimento de 51% de todo o gás natural utilizado no Brasil. A nacionalização dos Hidrocarbonetos em maio de 2006 criou um imposto de 32% para as empresas estrangeiras, além dos 18% que são cobrados em forma de Royalties, o que gerou um clima de tensão a partir do risco de desabastecimento por parte do Brasil. Atualmente estão sendo feitas as negociações entre os dois países.


CONCLUSÕES:

            Com os resultados obtidos através da pesquisa, pôde-se considerar que o petróleo constitui-se numa matéria-prima da indústria petrolífera e petroquímica, sendo em sumo, que movimenta a economia e lamentavelmente impulsiona a máquina de guerra. O petróleo é um produto estratégico, mesmo que limitado, em termos de disponibilidade, o que o torna tão disputado no mercado energético mundial.
            É possível compreender que a Petrobrás tem contribuído para a inserção no mercado internacional, principalmente na Bolívia, país que possui a segunda reserva de gás natural da América do Sul, o que a torna área de grande interesse por parte de empresas estrangeiras.
            Sendo assim, é preciso que cada país desenvolva estratégias que lhes permitam discernir em quais fins se deve aplicar as riquezas provenientes do petróleo, já que energia é um elemento vital da economia. Um bom investimento da economia seria voltar-se para a expansão e diversificação de fontes energéticas, podendo ainda haver uma ampliação da produção de petróleo e gás em regiões como o Mar Cáspio, Rússia, América do Norte e América do Sul, ampliando assim a dinamicidade dessas regiões e especialmente a integração entre Brasil e Bolívia.











rial"�*?n-� �G lor:black'>           ( FILHO, 2003, p.57)

No que se à reeestruturação produtiva, Corrêa (2001) discorre sobre as alterações ocorridas na organização do espaço territorial na década de 70, argumentando que apesar de não haver sincronia entre “crise espacial” e “crise de acumulação”, as evidências que são destacadas como processos espaciais da reestruturação contemporânea envolve diversos aspectos que subjugam uma ligação entre os dois modelos de crise.
Embora as transformações ocorridas em Macaé estejam diretamente ligadas  à descoberta de petróleo na bacia de campos, pode-se fazer um paralelo destas transformações ocorridas com a nova realidade espacial que se caracteriza como contemporânea e discutida pelo autor. Segundo ele, passa a ocorrer uma redistribuição das atividades produtivas, sobretudo nas indústrias, as regiões metropolitanas perdem um pouco de seu dinamismo demográfico. Enquanto regiões que tradicionalmente perdiam população passam a se converter em ponto de atração como é o caso de Macaé, que hoje se constitui num atrativo para pessoas de todo o país, devido à grande oferta de empregos gerados pela Petrobrás, subsidiárias e diversas multinacionais instaladas na cidade.


Macaé e o Arranjo Produtivo Local

Segundo informações da RAIS3 (2001) o maior arranjo produtivo no Estado do Rio de Janeiro, foi identificado no setor de petróleo, em termos de número de empregos e do montante de remunerações geradas. O município se constitui no principal núcleo produtor de petróleo do país. No (Mapa1), é possível identificar os principais arranjos produtivos locais no Estado do Rio de Janeiro, dentre eles o de Macaé.

MAPA 1
                                    

De acordo com pesquisas realizadas pela FIRJAN (2006) o petróleo é a força econômica da região, o município apresenta o maior índice de criação de novos postos de trabalho do interior do Estado, correspondendo a cerca de 13,2% ao ano, o que o torna cada vez mais atrativo para os imigrantes que chegam em busca de trabalho no setor petrolífero.
De acordo com a SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) a história do arranjo produtivo em Macaé se inicia com a instalação da Petrobrás, juntamente com seus fornecedores e outras empresas ligadas à exploração de petróleo na região. A dinamização da economia local, decorrente da instalação na cidade de um arranjo produtivo na indústria de petróleo e gás, proporcionou benefícios aos mais diversos setores. A evolução tecnológica pertinente à exploração de petróleo em águas profundas na Bacia de Campos e o desenvolvimento das atividades de exploração proporcionou a evolução da produção e conseqüente aumento dos investimentos na região, o principal pólo produtor de petróleo e gás no país.
A presença da Petrobrás e de grandes empresas que a ela prestam serviços por meio de unidades localizadas em Macaé reflete-se no elevado tamanho médio geral dos estabelecimentos (156 empregados por estabelecimento) e no elevado nível de remuneração média por empregado (aproximadamente, R$ 2.552,00 em dezembro de 2001). A implementação da Petrobrás e de muitas outras empresas tornou a área atrativa a investimentos tanto nacionais como internacionais e se manifesta a partir do elevado tamanho médio geral dos estabelecimentos e no elevado nível de remuneração média por empregado. No entanto, conforme divulgado pela SEBRAE, os valores de remuneração média e tamanho médio variam expressivamente entre os diversos segmentos do arranjo (Tabela 1).

Tabela 1 - Características Básicas do APL no Setor de Petróleo - Macaé

ATIVIDADE
Empregos
N.º de Estab.
Remuneração (dez. 2001 - R$)
Tam. Médio (empregos)
Remuneração Média (R$)
Atividade Principal - Extração de petróleo e serviços associados
10.432
43
42.903.304
242,60
4.112,66
Subtotal - Fabricação de insumos e componentes
 1.903
16
2.259.893
118,94
1.187,54
Subtotal - Serviços de construção
 7.000
34
7.172.657
205,88
1.024,67
Subtotal - Atividades de logística de transporte
 3.182
51
5.143.539
62,39
1.616,45
Total
22.517
144
57.479.393,41
156,37
2.552,71
Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados da RAIS (2001)

 Segundo SILVA (2003) com a chegada da Petrobras, aumenta a oferta de empregos, sendo a maioria deles, ligados direta ou indiretamente a indústria do petróleo como pode ser observado na (Tabela2).

Tabela 2 - Participação no Total de Emprego, Estabelecimentos e Remunerações no Município de Macaé - APL no Setor de Petróleo - Macaé

ATIVIDADE
% dos Empregos
% dos Estabelecimentos
% da Remuneração
Atividade Principal - Extração de petróleo e serviços associados
20,78%
1,64%
52,45%
Subtotal - Fabricação de insumos e componentes
3,79%
0,61%
2,76%
Subtotal - Serviços de construção
13,94%
1,30%
8,77%
Subtotal - Atividades de logística de transporte
6,34%
1,95%
6,29%
Total
44,84%
5,49%
70,27%

Fonte: Elaboração própria a partir da base de dados da RAIS (2001)

No entanto, a maioria dos preenchimentos foram feitos por imigrantes, já que não havia mão de obra qualificada local. Houve um rápido aceleramento na economia do município, causando euforia no empresariado com a elevação do consumo a qualquer preço. Consequentemente, surgiram problemas habitacionais, com brusca elevação de valores dos aluguéis.
Houve também uma expansão no setor de comércio e imobiliário, a rede hoteleira da cidade, foi uma das maiores beneficiárias, se expandiu muito. No entanto, se de um lado houve surto do progresso, de outro surgiu a violência e assaltos. A população teve que proteger suas casas, o modo de vida da população local já não correspondia ao que havia na época da “pacata” Macaé.

Transformações sócio-espaciais na cidade de Macaé

De acordo Neto & Ajara (2006), um dos primeiros impactos que se pode destacar a partir do advento do setor petrolífero em Macaé, é o seu crescimento populacional, que tem se dado de forma muito acelerada, sem que haja tempo e infra-estrutura necessária para que a cidade se prepare para receber o grande contingente de imigrantes.Em 1970, conforme o Censo Demográfico do IBGE, a população de Macaé contava com 55.358 habitantes, já em 2000, esse número cresce para 150.000.

“Tendo em vista que as atividades econômicas e a população não se distribuem de maneira homogênea no espaço, algumas localidades destacam-se por sua maior concentração econômica e demográfica, desempenhando o papel de pólos de desenvolvimento ou de lugares centrais.” (CARVALHO E TOTTI, 2003, p.301)

Neste sentido pode-se referir à Bacia de Campos, que abriga 80% das reservas petrolíferas brasileiras, tendo uma concentração das atividades de exploração e produção de petróleo na cidade de Macaé, como já foi dito anteriormente, que se destaca, como pólo industrial frente aos demais municípios da região. Percebe-se uma desigualdade na posição dos mesmos frente à economia nacional.
Ocorre ainda uma desigual estrutura espacial dentro do próprio município, onde determinados bairros, se mostram como sendo privilegiados, enquanto outros passam por uma favelização e precariedade na qualidade de vida dos moradores.
De acordo com Silva (2003) a infra-estrutura física4 que atende o aglomerado petrolífero de Macaé possui muitas das características mencionadas acima, particularmente no que se refere as empresas de atuação multinacional.
Tendo em vista o fato de Macaé ser uma localidade de baixo desenvolvimento, o município apresenta ainda muitas deficiências relacionadas a sua infra-estrutura urbana, que atuam de forma negativa na dinâmica do aglomerado.
Pode-se destacar que a iniciativa privada cresceu e se modernizou nesses vinte anos de atuação da Petrobras, a construção civil no ano 2000, conseguiu resolver em parte o problema habitacional, tendo chegado ao início de 2000 com o setor estável, aluguéis mais baixos e a oferta maior que a procura.
Embora a prefeitura tenha dado sua contribuição para equacionar o problema construindo residências, não resolveu os problemas básicos da cidade, em benefício da população.
A cidade continua se servindo de modo precário da sua rede de esgotos obsoleta que foi construída no início da década de 1930. Com toda a verba em 30 anos, não se construiu uma nova rede de esgotos, com estação de tratamento, que seria algo de benefício para todos, este é um exemplo, dentro muitos outros que poderiam ser citados.
Estando a economia do município, atrelada em cerca de 70% às atividades petrolíferas, com resultados econômicos cada vez mais atraentes para empresários e investidores, fica em segundo plano a idéia de diversificação da economia, que é algo de extrema importância para uma economia autosustentada e duradoura.
Sendo o petróleo um recurso finito, Torna-se de fundamental importância preparar a estrutura econômica da cidade para o caso de haver uma queda no setor.
Para Borges (2000), Macaé é uma cidade ainda pequena, com seus distritos não muito distantes, um município fácil de ser administrado, com sua grande arrecadação, poderia ser modelo de cidade do interior, para o Brasil. “O norte fluminense esteve sendo inserido em uma dinâmica industrial e tecnológica internacional pouco ou nada ligada ao contexto local.” (PIQUET, 2003, p.226)
Isto se torna evidente ao se analisar a origem da mão de obra presente em Macaé, que se constitui em grande parte por trabalhadores de outras regiões e até mesmo estrangeiros, enquanto a população local, sobretudo por não ter a qualificação necessária, dificilmente consegue se inserir neste mercado de trabalho, principalmente nos postos mais elevados.
De acordo com Monié (2003) houve um enriquecimento de parte da população e o afluxo de trabalhadores pobres sem qualificação. O surgimento de áreas de residência e de consumo de alto padrão social, a expansão de bolsões de pobreza, o aumento das desigualdades intra-regionais entre Campo e cidade, mas também entre centros urbanos mais ou menos inseridos na “nova economia regional”.
Monié (2003) destaca que redistribuição espacial da população em direção à Bacia de Campos, se dá segundo diferentes escalas geográficas, que podem ser divididas em três tipos de fluxos. O primeiro se volta às tradicionais migrações campo-cidade em escala regional, alimentadas pela incapacidade da agricultura de fixar a população no campo.
O segundo tipo de fluxo, de maior alcance espacial, relativo à mão de obra oriundo de outras regiões do Brasil, uma proporção significativa de migrantes que já adquiriram experiência profissional trabalhando no setor petrolífero em outras bacias de exploração, como no Nordeste por exemplo, se dirige a Macaé. Já o terceiro tipo, de migração envolve profissionais de media e alta qualificação que vêm do resto do Brasil e do estrangeiro.
Observa-se claramente o processo de exclusão/ inclusão em Macaé tendo áreas ocupadas por populações carentes e áreas exclusivas de condomínios residenciais e equipamentos de consumo e culturais fechados, destinados à elite de trabalhadores. Estas são dotadas de equipamentos e serviços sofisticados, são geralmente conectadas a todas as escalas geográficas da produção e do consumo, graças ao elevado grau de mobilidade propiciado pelo alto nível de renda dos residentes.
Para PIQUET (2003) tomando a partir de uma perspectiva teórica, a chamada indústria do petróleo contém fortes efeitos de encadeamento que podem provocar um virtuoso processo de mudanças estruturais, ou ao contrário, pode permanecer como mero “enclave5” na região em que se localiza. Neste sentido a exploração de petróleo pode ser tão pouco benéfica para uma economia quanto qualquer produção extrativista, Venezuela, Angola, Líbia e Iraque, por exemplo, apesar das riquíssimas reservas naturais, não conseguem canalizar o dinheiro do petróleo para a criação de riqueza em outros setores da economia. Assim, deve-se buscar formas de evitar que Macaé caminhe neste sentido.
Numa análise comparativa com os demais municípios do Norte Fluminense, pode-se considerar que Macaé é o município que apresenta maior dinamismo econômico, foi a que mais se transformou e hoje ostenta um vigor diretamente relacionado às atividades de extração, produção e logística do petróleo, que a situa entre as cidades de melhor relação entre postos de trabalho e tamanho de população do estado.
Macaé dispõe hoje, de infra-estruturas e serviços logísticos que lhe permitem articular as atividades de produção marítima e terrestre, bem como conectar o município com os centros de decisão nacionais e internacionais da economia do petróleo, assim como com os mercados de consumo, em diversas escalas geográficas. A disponibilidade em redes técnicas de qualidade confere à Macaé uma posição privilegiada num cenário global extremamente exigente em velocidade e flexibilidade.
“O petróleo transformou profundamente a economia, a sociedade e o espaço dos países produtores do mundo em desenvolvimento nas últimas quatro décadas.” (MONIÉ, 2003, p.257). Assim o autor destaca que diversas alterações sócio espaciais tornam-se visíveis nestes locais, tais como o crescimento demográfico, novas estruturas na organização territorial, bem como em sua hierarquia urbana regional, que em sua definição põe em evidência a emergência e consolidação de “ilhas de produtividade6
No processo de expansão demográfica, provocado pelo advento petrolífero de um modo geral observa-se, que a mão-de-obra pouco qualificada reside geralmente onde trabalha, mas segmentos mais qualificados do mercado de trabalho desenvolvem estratégias residenciais diferenciadas, ocupando geralmente, bairros novos e exclusivos nas cidades onde trabalham, podendo até mesmo ir para municípios vizinhos que ofereçam uma melhor qualidade de vida.

Considerações Finais

Diante dos diversos aspectos resultantes das transformações ocorridas em Macaé desde a economia baseada na pesca até a instalação da Petrobras, percebe-se que há um alto preço a ser pago pelo progresso.
A economia regional é incapaz de oferecer postos de trabalho para todos os migrantes atraídos pela indústria petrolífera, o que contribui para desigualdade das dinâmicas em curso. O caráter excludente deste processo de modernização tem efeitos complexos sobre a organização do espaço, no qual alguns bairros tornaram-se elitizados, com toda uma infra-estrutura, recursos e serviços sofisticados, enquanto os demais, têm sido colocados numa posição de periferia, onde o que ocorre, na verdade é a falta de recursos e infra-estruturas.
Utilizando-se dos dados dos censos demográficos do IBGE (2000) é possível avaliar a evolução da população residente em favelas, bem como dos domicílios ocupados em Macaé. Em uma instância imediata, já se faz necessária a solução de problemas sociais, tais como favelização, degradação da infra-estrutura urbana, precariedade dos transportes, da educação e da saúde, revelados pelas novas demandas ocasionadas pela rápida ascensão econômica do município nos últimos anos.
A especulação imobiliária, resultado de uma demanda que supera em muito a oferta de imóveis tem contribuído para elevar fortemente o custo de vida em Macaé com impacto maior para a população de baixa renda. Por outro lado é possível observar uma nítida segregação espacial na cidade no que tange aos locais escolhidos para moradia por parte de funcionários e executivos de classe media e classe alta, ligados principalmente a empresas offshore.
O dinamismo do mercado imobiliário da praia de Cavalheiros e Lagoa de Imboassica em Macaé, de Farol de São Tomé em Campos ou Rio das Ostras e Conceição de Macabu práticas espaciais caracterizadas por um maior nível de mobilidade dos trabalhadores mais qualificados.
Com efeito, a maior demanda por imóveis para aluguel e compra ocorrem nos bairros mais nobres da cidade: Imbetiba, Praia Campista, Cavaleiros e Cancela Preta. 
A deficiência no planejamento urbano e a carência de mecanismos de execução e controle do abundante orçamento de Macaé são problemas ainda por resolver. Assim, a partir do ano 2000, a necessidade de um efetivo planejamento urbano e de investimentos adequados em infra-estrutura passou a ser recebidos pelo poder executivo do município como fatores fundamentais para alimentar os investimentos das empresas offshore e a expansão acelerada do aglomerado petrolífero. Deste modo, torna-se necessário se ter um planejamento que possa contribui para uma melhor organização do espaço em Macaé, tornando-o menos desigual e excludente.

 


Notas


1-    Revista do laboratório de engenharia e exploração de petróleo da UENF. Edição nº1/2006.

2-    Este tema pode ser aprofundado com análise do processo de construção do referido Canal. Ver a esse respeito: BORGES, Armando. História do Canal Macaé - Campos. Macaé: Damadá Artes Gráficas e Editora Ltda., 2000.p. 17-23.

3-      Refere-se à Relação Anual de Informações Sociais – RAIS que funciona como                 instrumento de coleta dos dados para a gestão governamental do setor do trabalho. Foi Instituída pelo Decreto nº 76.900, de 23/12/75. Para saber mais sobre a RAIS acessar: http://www.rais.gov.br/rais sitio/oque.asp.

4-     autor, entende como infra-estrutura física, o conjunto de infra-estruturas urbanas, que possibilitam a localidade, de um lado, o avanço na formação de redes sociais e, de outro, as condições estruturais e institucionais para o desenvolvimento de redes de empresas.Esta abordagem pode ser melhor analisada :   SILVA, R. C. R. S.;CARVALHO, A. M.;TOTTI,M.E.F. Exploração e Produção de Petróleo e Gás na Bacia de Campos - Impactos na Geração de Empregos no Município de Macaé-RJ. In: 2º Congresso Brasileiro de P&D em Petróleo e Gás, 2003, Rio de Janeiro. Revista do Congresso, 2003.

5-    Em geografia, um enclave diz respeito a um território totalmente cercado por um território estrangeiro. Ele se torna um enclave do território estrangeiro que o cerca e um exclave do país que usufrui da soberania sobre ele.  Os enclaves podem também existir quando uma subdivisão administrativa de um país é situada fora da usa divisão principal. Esse tema pode ser aprofundado através de consulta no site: http://www.babylon.com/definition/enclave/porteguese

6-    Este fenômeno é nítido em países como a Argélia, México, ou mesmo na Bacia de Campos brasileira, onde a hierarquia da malha urbana foi ou está sendo alterada com a mudança de centro de gravidade da economia regional. Ver a esse respeito: MONIÉ, Frederic. Petróleo, industrialização e organização do espaço regional. In:PIQUET, Rosélia (Org.). Petróleo, royalties e região. Rio de Janeiro: Garamond, 2003. p.257- 285.

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